sexta-feira, 7 de agosto de 2009

SASHA: PROVIDÊNCIA CAUTELAR

Discotecas: Providência cautelar
A Associação de Discotecas do Sul e Algarve apresentou providências cautelares contra as Câmaras de Vila Real de Santo António e Loulé pelos licenciamentos dos Manta Beach e Face Beach, respectivamente, que acusam de concorrência desleal. A associação prevê avançar com outra contra Portimão pelo licenciamento do Sasha.

IN CORREIO DA MANHÃ

3 comentários:

Anónimo disse...

Esta visão estratégica de eventos em quantidade sem que seja préviamente avaliado os efeitos negativos e positivos dos mesmos é um absurdo, próprio de gente incompetente. Primam pela quantidade em detrimento de uma qualidade estrategicamente direccionada.
Os efeitos:
1.A quantidade e o critério levou à massificação do turismo em Portimão.
2. Este segmento de mercado de massas visita Portimao, come mal durante o dia, hamburgers e pouco mais, não vai ao restaurante nem usa alojamento superior, dorme em qualquer ladoe muitas vezes fora de Portimão. Á noite até pode gastar muito em copos, mas onde gasta o dinheiro, este não fica em Portimão e ainda custa é dinheiro aos contribuintes de Portimão.
3. O segmento de classe mais alta fica alojado fora de Portimão, Vilamoura, Quinta do Lago etc... Janta lá e depois vem beber um copo às festas de Portimão.
4. A cidade só fica com mais gente, mas os negócios de Portimão não tiram proveito disto.
5. A cidade com esta massificação passou a ter as praias cheias, engarrafamentos, falta de estacionamentos e depois é impossível descansar em Portimão, para os que vivem cá e os que se alojam em Portimão. Não ha cidade tão barulhenta como Portimão, é sirenes de carros da polícia a todo o momento, noite e dia, ambulâncias, bombeiros, carros do INEM, enfim, parece uma cidade do crime e de loucos. Foguetes, ruídos das festas, mau de mais para quem procura descansar nas férias. Uma política de aldeia, enfim o moço Manel também sempre viveu na parvónia que era Alvôr e agora na cidade não sabe como lidar com tanta gente.
6. Continua-se a construir para as massas, sem estacionamento, sem ordenamento.

Os resultados:
A taxa de ocupação global média por quarto nas unidades hoteleiras do Algarve diminuiu 8,3 por cento no mês de Julho, face ao mesmo mês de 2008, assim como as receitas que desceram 13,8 por cento, em comparação com os valores registados no período homólogo. De acordo com os dados da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) as maiores descidas verificaram-se nas zonas do Carvoeiro/Armação de Pêra, Portimão/Praia da Rocha e Albufeira.
Aqui estão destinos típicos de massas no Algarve.
Então nem os eventos resolveram isto?
A zona de Monte Gordo, no concelho de Vila Real de Santo António foi a que registou a taxa de ocupação mais elevada, com 90,3 por cento.
O pessoal aqui procura zonas menos massificadas, mesmo no segmentos de massas.
Isto das massas é uma moda, acabam por ir para outros lados.
Os segmentos mais altos e que gastam mais dinheiro localmente são os mais fiéis quando a qualidade se mantem.
Vejamos,
As principais descidas, por categoria, registaram-se nos aldeamentos e apartamentos turísticos de três e duas estrelas (menos 8,8 por cento) e nos hóteis e aparthóteis de quatro e três estrelas (7,7 por cento).
Abram os olhos e recusem a política que o actual executivo tem seguido para atrair as massas, só 'destroem' o destino, deixam pouco dinheiro na localidade, raramente comem fora e mesmo esses como os dados apontam viram as costas a Portimão.
Não vale a pena gastar tanto dinheiro e depois não sermos capazes de manter o equilibrio da qualidade.
Alguém se interroga qual a capacidade de carga das nossas praias para que não se tornem praias como as da costa de Lisboa apinhadas de gente?
É muito bonito para os leigos que a Câmara faça tantos eventos, mas tem duas facturas muito elevadas e insuportáveis, excesso de pessoas, muitas alojadas fora de Portimao e um esbanjar de dinheiros dos contribuintes que depois ainda têm que levar com os efeitos negativos em cima.
Os números publicados demonstram bem o que acabei de escrever
João Silva

Anónimo disse...

João Silva,
Estou plenamente de acordo consigo.
É verdade que a moda está a destruir a qualidade de vida de quem vive em Portimão.
Mas a moda é que está a dar.
Ninguém quer aprender com os erros passados nem com os erros cometidos no país vizinho e que agora, a custo, se procuram corrigir.
A solução é uma corrida desenfreada para a frente. A bola de neve cresce desmesuradamente e acabará por esmagar o pouco que resta.
Sinceramente não vejo que isto possa acabar de outra forma: Portimão uma macro-réplica de Armação de Pera, onde diferente será apenas a vida dada pelos serviços de administração local e central.
A cidade, face ao seu grotesco aumento de fogos desabitados, tornar-se-á um pouco mais "fantasma" nalgumas zonas, com fortes implicações ao nivel do bem estar e sentimento de segurança.
As parcas semanas do período de férias e a baixa qualidade do turista, nacional e caravanista internacional, pouco ou nenhum benefício trazem. Por outro lado, induzem a autarquia a chamar mais gente, obrigando à criação de infraestruturas que são inúteis nos restantes 340 dias do ano.
Mas lamento dizê-lo, João Silva, o modelo há muito que foi traçado e Portimão, nesse aspecto, nunca teve ninguém, desde que se descobriu a galinha dos ovos de ouro, que tivesse uma visão de futuro para a sua cidade, e concelho, que passasse pela qualidade em detrimento da quantidade. O facto de ter sido berço de um cidadão que chegou a PR, não lhe trouxe "vaidade" que levasse à defesa intransigente do seu escasso património cultural e do seu enorme património natural.
Nunca possuiu quadros de verdadeira grandeza, de visão alargada, de projecção estratégica do concelho. Foi tudo atrás da especulação fácil.
Há dias um célebre construtor/promotor, com larga história construtiva na cidade, dizia-me: então e se fosse o meu amigo a possuir os terrenos da Quinta da Rocha, não faria tudo para defender os seus interesses e construir ali o maior empreendimento possível?
Foi nas mãos desta gente, sem o mínimo de escrupulos que a cidade esteve, e está, refém.
São estes patos bravos, sem o mínimo de cultura, que decidem a política urbanistica da cidade e arredores ante a fraqueza e ambição de políticos e funcionários locais, altamente permeáveis à corrupção. Há que aproveitar as oportunidades, não é?
O que fazer perante este descalabro?
Só se houver a coragem de começar a deitar tudo abaixo.
Mas como? se agora ainda não se parou de construir?
E assim vai continuar até a moda passar.

Anónimo disse...

Bendido Sasha: Que tantas bebedeiras tens criado e tantas lutas de grupos organizados na alvorada da manhã, perdidos de alcool e drogas que por lá se consomem.

È isto que queremos para os jovens de Portimão? Não, não nos parece.